domingo, 24 de fevereiro de 2013

É assim tão de repente, em uma gota que escorre pela porta. Os meus olhos se invertem, o meu corpo me adormece. É assim tão de repente, é uma fresta na janela e as minhas mãos me negam qualquer esforço. Tomo consciência desse piso, que é tão duro, tão escuro. Que é tão frio. É solidão os pelos no meu corpo. É solidão os meus passos leves e apressados. É solidão a minha boca imóvel e triste. É solidão quando o corpo não encontra abrigo. É solidão quando não há lugar que faça tudo se acalmar.

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