Será,
será mesmo que não há sequer uma pessoa, um corpo, uma fresta de luz, um
zumbido capaz de fazer com que eu possa sair de mim e por um momento docemente
deslizar sentindo-me repleta de um outro que inunde a minha escuridão e o meu
silêncio? Será possível que não exista uma porção de qualquer coisa que em
qualquer tempo me tome pela mão e, sincronizando o ritmo dos nossos passos, me
faça sentir parte de tudo o que é? Deve haver em algum lugar um ruído esquisito
e perdido a espera de um lugar em que se possa, em paz, repousar.
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