Às vezes árvore. É só dela que necessito. Com
sua rigidez e com suas raízes. Com seus alcances já definidos. Com sua
imobilidade característica e com suas certezas tão coerentes. Às vezes Deus.
Carregar-me-ia em seus braços e me diria para onde ir, o que fazer, onde pisar,
como não proceder. Só que às vezes não, nada disso. Nego esse Deus e abdico da
firmeza que encontro na árvore. Não quero a definição e nem o possível. Quero
que os meus traços se percam e não vejam limites. Quero que Deus se desculpe
por sua arrogância e autoritarismo e que todos percebam a ilusão que nós mesmos
criamos. Quero voar com o meu corpo impossível e dar vazão às conexões
explodindo. Deus não existe. A árvore também não.
Maravilhoso!!!
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