Hoje, se eu pudesse, me jogaria em uma piscina, me jogaria em um rio, em um lago, em um mar. Hoje, se eu pudesse, eu me afundaria em águas calmas, mergulharia fundo em algum lugar quieto. E quando eu nadasse os meus movimentos causariam alguma mudança de rota, algum desvio impensado. Os meus cabelos estariam por toda parte, o meu corpo estaria por toda parte. Na minha pele a água viria de manso, de leve. Reinventaria, a cada mergulho, uma imensidão de células e de cores, uma imensidão de sonhos e de temores. Na água me abandonaria sem medo e sem dor. E a minha respiração contida seria testemunha de um corpo livre, de uma água limpa, de um corpo-água.
vem dia, volta dia, e sempre quando procuro algo interessante para ler acabo por aqui, cada vez admirando mais o que e como vc escreve, muito bom mesmo.
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