Não, não se sabe. Não se sabe nada da cor. E, no entanto, eu me pergunto, ávida por
respostas. Eu quero saber da cor, preciso entender do mar. Apreender o
contorno, surpreender-me nos passos. Quero sentir cada esforço, eu quero
aprender com meus olhos. Eu quero que o vento me conte o segredo das coisas que
ele insiste em fazer circular. Eu quero que as nuvens se cruzem e escancarem a
beleza daquilo que as fazem dançar. Preciso enxergar nas camadas de todo o
lugar em que piso aquilo que há de concreto e que não se deixa arruinar. E
quero também das camadas destes lugares que piso o vazio de tudo que é por onde
eu posso criar.
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