sábado, 17 de março de 2012

...Mas não se sabe

Não, não se sabe. Não se sabe nada da cor.  E, no entanto, eu me pergunto, ávida por respostas. Eu quero saber da cor, preciso entender do mar. Apreender o contorno, surpreender-me nos passos. Quero sentir cada esforço, eu quero aprender com meus olhos. Eu quero que o vento me conte o segredo das coisas que ele insiste em fazer circular. Eu quero que as nuvens se cruzem e escancarem a beleza daquilo que as fazem dançar. Preciso enxergar nas camadas de todo o lugar em que piso aquilo que há de concreto e que não se deixa arruinar. E quero também das camadas destes lugares que piso o vazio de tudo que é por onde eu posso criar. 

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