Lisa parede que me constitui. Que de seus furos brote e se desenvolva
tudo aquilo que em mim não fiz dar frutos. Que na sua textura e na sua cor
possa se revelar a ambigüidade do que parece certo e incontestável. Que no seu
movimento incessantemente se apresente o reverso do que foi mastigado e
esquecido. Que se materialize de novo e de novo no abrir e fechar de seus
elementos tudo aquilo que correu o risco de ser apagado ou mantido. Que de seus
pelos e poros se constitua a ausência presente de cada gota salgada e marcada
nos seus contornos e curvas. E que possa ser visto de todos os lados a matéria
para sempre banhada em luz.
Daniele
ResponderExcluirO que transborda em você, além do que é só seu — inexprimível — é competência para transformar isso que vaza em palavra sentida , em texto bem feito, em LI-TE-RA-TU-RA! Que é um pouco isso: “poeira e arranhão daquilo que se desejava desenhar”.
Sou sua fã
Tânia Regina Casado
Quando não sei o que dizer, escrevo e quando não sei o que escrever, transbordo. Acho que funciona mais ou menos assim.
ResponderExcluirTânia, de verdade, muito obrigada.
A sua opinião e as suas palavras contam mais do que você possa imaginar.
Fico realmente muito feliz.
Até logo.
Você é simplesmente melhor do que os autores que mais amo...Drummond e Clarice...publique....bjos Lilian Martin.....Quero usar nos meus cursos...posso?
ResponderExcluirUaau, aí já é demais. Clarice foi e continua sendo minha inspiração.
ExcluirFiquei extremamente lisonjeada. Muito obrigada.
Quem é você? Não me lembro do seu nome.
Se lhe agrada, pode com certeza. Ficaria extremamente feliz e lisonjeada, mais uma vez.
Obrigada Lilian.