Às
vezes as coisas se encaixam. Surge um momento, como que brotado do acaso, em
que cada gesto, cada palavra, cada som se harmoniza e extravasa, extravasa o
que não expressava, o que não cabia e o que até aquele momento não havia sequer
sido pensado, e então tudo fica bem.
sexta-feira, 20 de abril de 2012
quinta-feira, 19 de abril de 2012
Pausa para aquilo que hoje me faz bem...
E
então eu vivi. Eu me percebi sendo. Eu me vislumbrei existindo. E de repente eu
senti. Senti a tua textura nos dedos, senti a minha visão a expandir-se, senti
que eu podia sentir. Pressenti nos seus olhos o encanto, encanto que em todos
os cantos dizia que eu podia e já havia me deixado levar. Encanto que se refez
na pele, no toque, no cheiro e nas linhas que no teu sorriso eu pude enxergar.
E então eu pensei: É assim que deve ser quando a gente começa a gostar.
domingo, 15 de abril de 2012
São aqueles momentos em que o que se queria era ser entendida sem
precisar explicar coisa alguma. Que cada palavra escolhida fosse certeira e
caísse nas orelhas de quem escuta sem precisar se adequar. Que cada gesto fosse
completo e soasse ao corpo de quem recebe como uma melodia de luz. E que cada
olhar fosse sadio e pudesse brilhar por, enfim, ter se feito sentir.
sábado, 7 de abril de 2012
E isso que não passa. É a sutil materialidade das relações. É a sutileza que se concretiza no vago dos gestos. Há a possibilidade de, ao se demarcar o fim de uma vaga concretude, que esta mesma concretude venha a se perceber privada de si própria? Há a possibilidade de que ela possa se transformar a ponto de poder ser parte constituinte da concretização de algo diferente dela mesma? Eu espero que sim...
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