terça-feira, 14 de agosto de 2012

Hoje uma borboleta me viu chorar

Hoje uma borboleta me viu chorar. Sua imóvel aparição... Em flagrante fui pega. Na hora exata em que em mim romperam as linhas, no exato momento em que faltou o ar. Uma borboleta me viu chorar. Apareceu, já estava ali? Uma borboleta veio para me consolar. Suas asas sem movimentos... meus olhos sem enxergar. Só pude vê-la quando o silêncio em mim já não podia se calar. É que hoje uma borboleta me viu chorar.

quarta-feira, 1 de agosto de 2012

Hoje eu preciso morrer. Um pouco que seja. A morte viria com o vento e passaria por mim suavemente... como um toque, como os cílios, como os dedos. A morte viria com a luz para iluminar e acalmar meus movimentos. É que às vezes... de repente... sem motivo... a morte vem de forma pura e não perece no meu corpo, não leva com ela os meus olhos. É que, por acaso, em um momento, a morte surge infinita e faz morrer um pouquinho de mim. A morte deita ao meu lado, em meu ombro, só para que a calma que emana de tudo se permita estar triste, enfim...