terça-feira, 16 de abril de 2013

É só no corpo que eu existo. E nas paredes eu me mostro. Sinto uma dor em estar viva. Dor que se abre nas palavras. Hoje sou frases curtas, entrecortadas. E eu deveria. E gostaria. Sufoquei-me com o que via e os meus braços paralisados... Eu não soube como existir. Não soube o que me dizer para justificar a morte em mim. Para justificar o meu desamparo, o desamparo que eu mesma pedi. Eu não soube como dizer para me fazer entender que eu estava ali. Que eu era o espaço, o vento e as pedras. Abdiquei do meu próprio sorriso, abdiquei das linhas do meu corpo. Hoje eu sou as letras, o branco e o vazio. Hoje eu não estou mais em mim